LiderançaComo será o líder do futuro? - MasterMind Campinas

20/09/20210

Já falamos aqui sobre as competências essenciais para o mercado no mundo pós pandemia. Mais do que as qualidades técnicas e intelectuais, são as soft skills que aumentam o valor de qualquer profissional no mercado de trabalho. Além de títulos acadêmicos e especializações, é preciso reforçar as habilidades para gerir as próprias emoções – como resiliência, empatia, proatividade, senso de colaboração, flexibilidade, aprendizagem contínua, entre outras. 

Ainda assim, é preciso se antecipar às exigências do mercado 4.0, baseado na transformação digital. Esse é um mercado que se reinventa, se apoia na inovação para se diferenciar e sobreviver na competição. Então, vamos abordar as características desse profissional atualizado, interessado em novas tecnologias, mas ao mesmo tempo, precisam inspirar e colocar o ser humano no centro do negócio:

O que o líder do futuro precisa desenvolver?

Habilidade para resolver conflitos 

A pressão por resultados, a alta carga de responsabilidades e a necessidade de gerir pessoas com diferentes personalidades exige um jogo de cintura do líder na resolução de problemas. Mas falamos de problemas complexos, que exigem maior pensamento crítico, e não os conflitos corriqueiros do dia a dia. Ele precisa ter características de mediador, boas habilidades de comunicação e conciliação.  Durante as crises e momentos de pressão, saber gerenciar as emoções é fundamental para manter a motivação e produtividade do time. 

Mais do que aprendizado contínuo, é preciso saber ensinar 

O mundo de hoje exige pessoas capazes de criar soluções nunca antes implementadas. Isso significa aprender sempre, correr riscos, se adaptar, mudar de estratégia ao longo do caminho, mas sobretudo, ensinar. É preciso ser educador e ter a capacidade de desenvolver novos líderes. Construir uma narrativa que inspire e extraia o melhor do outro. Além disso, é preciso incentivar, dar feedbacks e conceder autonomia para extrair o melhor do outro.

Antecipação do cenário

Mais do que ser flexível e se adaptar ao cenário, o líder do futuro tem visão estratégica e antecipa as mudanças. É capaz de planejar, definir metas e segui-las. Dessa forma, não é surpreendido por crises e momentos de instabilidade que podem acontecer com qualquer negócio. O visionário é capaz de tomar decisões assertivas, mesmo dispondo de informações incertas e incompletas. 

Colaboração: autoritários perderam espaço

O líder do futuro descentraliza as decisões e promove a cooperação das equipes. Deve ser agregador, incentivar a busca conjunta por soluções criativas. Valorizar e promover o reconhecimento dos times, motivando e estimulando ideias disruptivas. Esse tipo de liderança vertical é o que amplia as possibilidades de inovação dentro das empresas. 

Inteligência social

Estar sempre aberto a escutar, receber críticas e acatar sugestões é um dos sinais de bom relacionamento interpessoal. É preciso desenvolver a capacidade de compreender e fazer uma leitura do comportamento humano. Os líderes de sucesso serão os mais empáticos, que sabem compartilhar decisões e empoderar as equipes. Com a automatização dos processos cada vez mais acelerada, sairá na frente quem entender a importância de trazer mais humanização às relações de trabalho, por mais desafiador que isso seja.  Como Bill Gates ressaltou em uma entrevista, existe uma qualidade imprescindível que separa líderes excepcionais dos gestores comuns: 

“Ao olharmos para o próximo século, os líderes serão aqueles que terão o poder de capacitar os outros.”

 

Eduardo Mendes é sócio do grupo MasterMind Brasil, especialista em Gestão Estratégica e Liderança pela University of California, San Diego – School of International Relations and Pacific Studies.