LiderançaSíndrome do impostor: autossabotagem que impede de crescer na carreira - MasterMind Campinas

29/08/20210
homem cortando o proprio galho que ele está em cima

Você já sentiu dúvidas e insegurança quanto à própria capacidade? Não se considera preparado para receber uma promoção ou assumir um projeto mais desafiador? Todos nós atravessamos períodos de crise. Momentos de baixa confiança, em que estamos mais ansiosos e vulneráveis. Mas se essa fase persistir, atenção: você pode estar vivendo a famosa “síndrome do impostor”.

O termo foi mencionado pela primeira vez em 1978, sugerindo a ideia de “fraude” como uma percepção equivocada de si mesmo. Ou seja, uma pessoa com dificuldade de reconhecer o próprio sucesso, mesmo tendo realizado conquistas com muito trabalho e competência. Apesar de ser chamada síndrome, não é considerada uma doença pela Organização Mundial de Saúde. Mas, sim, um transtorno de autoimagem.

É um engano achar que esse problema só afeta pessoas tímidas e inseguras. Várias personalidades fortes e famosas, como a ex-primeira dama dos Estados Unidos, Michelle Obama, e a escritora Maya Angelou, falaram abertamente sobre essa questão, e todo sofrimento gerado por ela.

Autora de um estudo da Universidade Dominicana da Califórnia, a pesquisadora Gail Matthews, descobriu que até 70% das pessoas costumam apresentar sintomas relacionados à síndrome do impostor no ambiente de trabalho, alguma vez na vida.

Mas, então, fica a pergunta: o que leva a construção desse conceito de si mesmo?

Esse comportamento pode ser reforçado pelo ambiente em que a pessoa se encontra: alta competitividade e níveis de pressão e exigência impostos no trabalho tendem a agravar o problema. Ou então, desafios que fogem do controle ou previsibilidade: um novo emprego, novo cargo ou projeto, algo que a pessoa ainda não tenha pleno conhecimento ou domínio.

A rápida transformação digital também contribui para gerar cada vez mais ansiedade e insegurança nas pessoas. Com a quantidade de informação que temos hoje, ficamos com a sensação de que estamos desatualizados e ficando para trás.

 

A seguir, conheça algumas características que marcam esse tipo de comportamento:

 

– Incapaz de aceitar o próprio sucesso. Tendência à autossabotagem;

– Sentimento de inferioridade, de subestimar suas qualidades e habilidades;

– Não se sente merecedor da posição que ocupa;

– Questiona sua capacidade de contribuir, duvidando do seu valor dentro de uma equipe;

– Por mais resultados positivos que apresente, a tendência é focar nas falhas e dificuldades;

– Ao invés de relacionar o sucesso com seu conhecimento e suas competências, atribui esse fato a fatores externos, como a sorte, por exemplo;

– Sensação de inadequação, de não pertencimento ao lugar que conquistou. Pode se considerar desqualificado para o trabalho que exerce;

– Autodepreciação e autocrítica: tendência a se culpar, ao invés de encarar os erros como aprendizado e oportunidade de crescimento;

– Dificuldade de receber elogios e reconhecimento;

– Medo de se candidatar a novos projetos e promoções;

– Trabalha demais, com o intuito de provar sua capacidade;

– Costuma procrastinar tarefas e iniciativas. Um mecanismo de fuga por não se sentir capaz de desempenhar certas funções;

– Tem o hábito de transferir o mérito de suas conquistas a outras pessoas.

Caso tenha se identificado com algum desses comportamentos, fique alerta. Eles costumam impedir a pessoa de crescer profissionalmente. Por mais que se tenha as competências necessárias para assumir uma nova posição e se destacar entre os demais, a pessoa, por não acreditar que merece ou por duvidar de seu talento e capacidade, tem a tendência de não querer sobressair. Cria ações para sabotar um possível upgrade na carreira, por exemplo.

Para sair desse ciclo, comece a mudança com a autopercepção:

 

– Reflita: que tipo de pensamentos você tem sobre si mesmo?

– Peça feedback das pessoas que trabalham com você. Internalize os feedbacks positivos;

– Reconheça seu valor. Liste, coloque no papel suas conquistas e contribuições para a equipe;

– Converse com os colegas. Você irá perceber que todos têm suas inseguranças. Seja gentil consigo mesmo e resista à autocrítica.

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Rafael Galafassi

Instrutor MasterMind formado pela Napoleon Hill Foundation – Indiana/EUA, Advogado, especialista em Direito do Trabalho e Gestão Estratégica de Pessoas. Nos últimos anos tem atuado no desenvolvimento de profissionais de empresas como: Cooperativa Veiling Holambra maior centro atacadista de comercialização de flores e plantas ornamentais das Américas, UpSoftware Sistemas para Distribuidores e Atacadistas atua no segmento de ERP em mais de 300 clientes no Brasil e América do Sul, Giobert do Brasil desenvolve.