O ano de 2020 nos ensinou muito em termos de gestão e liderança. A pandemia forçou mudanças repentinas nos negócios, obrigando muitos a abortar ou adiar planos. O jeito foi eliminar processos ineficientes a fim de reduzir custos, e aceitar que o trabalho remoto é a nova realidade. Até os grandes players sentiram o impacto, e passaram a flexibilizar seus processos em busca de novas formas de atender o cliente.
Mas, e dentro das organizações, como os líderes estão se articulando para motivar suas equipes em tempos turbulentos? Mais do que delegar funções, agir com autoridade ou ser um workaholic para bater metas a qualquer custo, existem outras habilidades mais refinadas.
Com o impacto da pandemia na saúde mental dos colaboradores, uma das competências mais valorizadas vem sendo a liderança compassiva. Saber se colocar no lugar do outro, e fazer uso de soft skills como empatia e compaixão, tem sido o modelo de gestão mais humanizado e coerente possível, para aliviar a pressão dos últimos tempos. Vamos falar de algumas características desse líder, que você precisa desenvolver:
Pratique a escuta ativa
Significa demonstrar genuíno interesse pelo que o outro tem a dizer, sem julgamentos, sem embate por discordâncias. Saber olhar as situações pela ótica do outro, e construir relações interpessoais com base no respeito e diversidade de opiniões é um desafio para os líderes. Esteja atento às necessidades da equipe e busque soluções mais justas, que beneficiem o coletivo. Todos desejam trabalhar com um líder de perfil agregador, que além de qualificações técnicas, tem a inteligência emocional necessária para ocupar um cargo de alta posição.
Desenvolva uma comunicação assertiva
Sua equipe tem clareza sobre resultados, e sobre o que precisa entregar? Um bom líder é firme sem ser hostil; é respeitado sem ser temido. Ele lidera pelo exemplo e pela inspiração, e não pelo peso do seu crachá. Saber motivar e encorajar a equipe é uma habilidade de comunicação importante. Outro ponto: não existem perguntas banais. Quando alguém tem dúvida, por mais simples que seja, responda com calma e clareza. Jamais diga que é uma pergunta óbvia. Deixe sua equipe confortável para levantar problemas e discutir a melhoria dos processos. Do contrário, os colaboradores ficarão intimidados a questionar, com medo de serem julgados ou diminuídos. Bons relacionamentos interpessoais reduzem conflitos e aumentam a produtividade. Comunicar-se de maneira assertiva é colocar seu ponto de vista de forma objetiva, mas empática, sem desrespeitar as necessidades e anseios de sua equipe.
Aposte no modelo de liderança horizontal
Todos esperam que o líder seja decidido, tenha ideias brilhantes e tome decisões rapidamente. No entanto, a relação entre velocidade e urgência é muito delicada. Não se sinta pressionado a dar uma resposta imediata a problemas complexos. Reconheça que a situação precisa ser resolvida o quanto antes, e de forma efetiva. Mas trace um plano estratégico com a ajuda da sua equipe.
Insira os liderados no processo; defina os passos e as responsabilidades individuais de forma clara; estimule a autonomia. É importante criar uma cultura que abrace a diversidade e seja receptiva a ideias diferentes. Esse modelo, de liderança horizontal, tem mostrado excelentes resultados. Falamos disso em outro artigo, caso você queira entender melhor o tema.
Quando um líder demonstra empatia, é percebido como alguém justo e confiável, alguém com quem a equipe está disposta a colaborar. Isso gera comprometimento e o espírito de união.
E uma dica extra: antes de liderar um time, o líder deve liderar a si mesmo. Um bom gestor é aquele que atinge resultados com atitudes diferenciadas. Então, se você pretende ser um líder de alta performance, faça além do que esperam de você. Entregue sempre mais!
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Eduardo Mendes é sócio do grupo Master Mind Brasil, especialista em Gestão Estratégica e Liderança pela University of California, San Diego – School of International Relations and Pacific Studies.